Florescer

10 de Julho - O amor & ela. PT I

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Sair das folhas espalhadas em diversos cadernos, as notas do celular que ao longo dos anos se perdem e voltar ao lugar que muitas vezes foi meu abrigo é ser tomada por uma nostalgia imensa, um acolhimento que não consegui encontrar no colo de ninguém, porque de certa forma sinto que voltei para o meu lar. O refúgio que me acolheu durante muitos anos e na minha fase adulta, me transbordou de memórias. Peguei pela mão a Vitória de doze anos e trouxe para escrever junto comigo, afinal, doze anos se passaram, mas o assunto continua sendo o mesmo: O amor & ela.

Para contextualizar:

Entrei na blogsfera há cerca de doze anos, onde iniciei tudo escrevendo sobre Monster High. Lembro-me de ser apaixonada pela linha de bonecas e me sentia especial escrevendo, partilhando novidades sobre. Em meio à isso, em algum momento perdeu o sentido para mim ainda estar ali. Não queria sair do blogger, mas mudar um pouco. Conheci diversos blogs, resolvi começar um pessoal. Sempre fui apaixonada pela escrita. Aos oito anos escolhia a pior fonte manuscrita do World e escrevia minhas histórias sobre princesas, até comecei uma série por aqui, que não durou muito tempo. Escrevi One shots, textos soltos, poemas, enfim. Via a forma de criar um final próximo do feliz. Em sua grande maioria, usava a escrita como meio de desabafo e de criar histórias irreais sobre um amor que nunca pensei que poderia viver. Me sentia vivendo em um mundo só meu, quando vinha para cá. Onde a criatividade me permitia viajar em diversas realidades alternativas e o que eu vivia era um breve momento de fato, real. 

Digo que desde pequena busquei viver um amor como dos filmes mais clichês possíveis, dos livros mais previsíveis, mas o principal: um amor leve, entregue, vivo e real. Hoje descrevo esse tipo de amor como as canções da minha cantora favorita, Liniker.

E tudo começou aqui, com o blogger. Conheci diversas pessoas incríveis, onde tive a oportunidade fazer amizades que deixaram memórias e traços em quem sou hoje. Duas delas, dentro do possível, ainda permanecem na minha vida até os dias de hoje.


Entretanto, uma dessas era ela.